A neuropsicóloga infantojuvenil Alba Martínez aborda neste artigo os transtornos do neurodesenvolvimento sob uma perspectiva de gênero.
1. Introducción
Os transtornos do neurodesenvolvimento constituem um grupo heterogêneo de condições que afetam o desenvolvimento cognitivo, comportamental e socioemocional desde fases iniciais da vida. Apesar dos avanços na investigação, ainda existe uma lacuna significativa na identificação, diagnóstico e tratamento dessas condições quando se analisam desde a perspectiva de gênero (Young et al.,2020).
2. ¿Qué son los trastornos del neurodesarrollo?
Segundo o DSM-5-TR® (APA, 2022), os transtornos do neurodesenvolvimento incluem condições como o transtorno por déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), o transtorno do espectro autista (TEA), o transtorno do desenvolvimento intelectual, transtornos da comunicação, transtorno específico de aprendizagem, transtornos motores e de tiques, entre outros.
Tratam-se de condições de origem biológica que afetam o desenvolvimento do sistema nervoso central e se manifestam desde as primeiras etapas do crescimento. Essas alterações impactam diretamente o desenvolvimento de funções como a interação e a cognição social, a linguagem, a aprendizagem ou a atenção.
Embora possam coexistir com outros diagnósticos, compartilham uma característica fundamental: surgem no desenvolvimento e persistem ao longo do ciclo vital. Por esse motivo, o diagnóstico e a intervenção precoce são essenciais para reduzir o impacto funcional e melhorar a adaptação ao meio.
Apesar disso, há fatores cruciais como os vieses de gênero ou o contexto sociocultural que influenciam direta e indiretamente. Reconhecer a importância desses componentes contextuais e sociais promove uma abordagem abrangente e ajustada à diversidade.
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3. Diferencias de género en TEA, TDAH y discapacidad intelectual
As manifestações clínicas dos transtornos do neurodesenvolvimento não são neutras desde a perspectiva de gênero. No entanto, a investigação e a prática clínica basearam-se principalmente em populações masculinas, o que contribuiu para uma compreensão enviesada e um subdiagnóstico sistemático em meninas, mulheres e pessoas com identidades de gênero diversas (Young et al., 2020; Lai et al., 2015).
No caso do transtorno do espectro autista (TEA), sua apresentação pode dificultar a identificação de sinais precoces que podem afastar-se do perfil clínico tradicional (García y Reyes, 2025), sinais como (Ruggieri et al., 2016):
- Menos comportamentos disruptivos e mais habilidades para a imitação social (e até às vezes mais interesse social).
- Camuflagem ou masking, e a adaptação ao ambiente.
- Interesses restritos socialmente mais aceitos (como grupos musicais ou séries).
- Atitudes complacentes e uma aparente regulação emocional.
No transtorno por déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), observou-se um maior índice de diagnóstico em meninos, em parte devido a que:
- São mais identificados os sintomas externalizantes como a hiperatividade ou a impulsividade —o que reforça o estereótipo do “menino disruptivo que reprova”.
- Nas meninas os sintomas tendem a ser mais internalizantes e menos evidentes: a hiperatividade pode manifestar-se de forma contida ou verbal, e as dificuldades atencionais podem ser confundidas com falta de motivação, imaturidade ou aspetos emocionais (ansiedade, depressão, etc.).
Também encontramos diferenças de gênero na deficiência intelectual (DI) que, por sua vez, costuma ser identificada com sintomas mais externalizantes e disruptivos que são mais evidentes e que invisibilizam expressões mais sutis. Em mulheres, meninas e/ou coletivo diverso associam-se mais:
- Sintomas internalizantes ou aparentemente adaptativos que podem ser atribuídos de forma errada à falta de esforço, timidez ou dependência, o que impede o diagnóstico adequado e precoce.
De fato, em muitos casos podem confundir-se os diagnósticos entre os diferentes transtornos do neurodesenvolvimento, especialmente em perfis femininos. Por exemplo, é frequente que meninas e mulheres no espectro sejam diagnosticadas erroneamente com TDAH, ou que uma deficiência intelectual masque características do espectro. Essas confusões diagnósticas estão intimamente relacionadas com as diferenças de gênero na expressão clínica desses transtornos.
Além disso, por vezes, se uma menina com um transtorno do neurodesenvolvimento apresenta comportamentos mais externalizantes como hiperatividade, impulsividade ou comportamentos disruptivos, costuma interpretar-se que o seu caso é mais severo ou com maior interferência. No entanto, essa avaliação nem sempre reflete a realidade clínica, mas é influenciada por preconceitos, expectativas sociais e estereótipos de gênero sobre como “deveriam” comportar-se as meninas.
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4. Brecha de género en el diagnóstico de los trastornos del neurodesarrollo
Historicamente, os modelos clínicos e os critérios diagnósticos foram construídos a partir de estudos centrados principalmente em amostras de população masculina. Isso gerou um viés importante na identificação da sintomatologia em meninas, mulheres e pessoas com identidades de gênero diversas, o que contribui para o subdiagnóstico ou diagnóstico tardio nessa população.
Quanto às prevalências, o CDC (2023) estima que existe uma prevalência de 4:1 a favor dos homens no que diz respeito ao TEA e 3:1 no que se refere ao TDAH. Embora seja certo que, nos últimos anos, a prevalência do TEA tenha aumentado, em parte graças à melhoria das ferramentas diagnósticas e à sua definição, incluindo a consideração da perspectiva de gênero.
Mesmo assim, a menor visibilidade dos sintomas revela a lacuna de gênero no diagnóstico. Como consequência, muitas meninas, mulheres e pessoas com identidades de gênero diversas recebem diagnósticos errados, tardios ou, diretamente, não são diagnosticadas.
A lacuna amplifica-se ainda mais quando se consideram outras variáveis sociais como o nível socioeconômico, a orientação sexual, expressão de gênero, entre outras, que influenciam a visibilidade dessas condições. Por exemplo, adolescentes em processos de transição ou crianças em contexto de vulnerabilidade social que enfrentam maiores desafios e obstáculos para serem avaliadas e receberem um tratamento adequado.
Para abordar essa lacuna, é necessária uma visão crítica, revisarmo-nos como profissionais, analisar as ferramentas diagnósticas que usamos e trabalhar na nossa formação, incorporando a perspectiva de gênero de forma transversal. Assim, poderemos avançar para uma atenção mais equitativa, sensível e ajustada às necessidades de cada pessoa.
4.1. Trastornos del neurodesarrollo infradiagnosticados en mujeres
A consequência direta dessa lacuna é que muitas mulheres, meninas e pessoas com identidades diversas não recebem diagnóstico, ou o recebem tardiamente. O subdiagnóstico acarreta a ausência de apoios adequados durante etapas-chave do desenvolvimento, o que pode derivar em transtornos emocionais, baixa autoestima, insucesso escolar, dificuldades de regulação, outros transtornos comórbidos ou dificuldades na vida adulta como acesso limitado a recursos ou de integração laboral (Rivière, 2018).
Nos transtornos do neurodesenvolvimento, muitas mulheres chegam à idade adulta sem terem sido diagnosticadas, ou são rotuladas erroneamente com transtornos como ansiedade, depressão ou transtorno de personalidade borderline. Esse solapamento diagnóstico pode gerar intervenções inadequadas que perpetuam o sofrimento e a exclusão social.
Por exemplo, no caso do TEA, TDAH ou DI, investigações demonstraram que muitas meninas apresentam estratégias de camuflagem ou masking e compensatórias que dificultam a deteção precoce (Hull et al., 2019). Essas estratégias incluem, por um lado, copiar a linguagem corporal, expressões faciais, aprender através de filmes, livros, a IA, entre outras fontes. Utilizar estratégias para ocultar características ou traços ou forçar interações com os outros para se adaptar ao ambiente.
4.2. La importancia del diagnóstico temprano y el impacto del diagnóstico tardío en niñas y adolescentes
O diagnóstico precoce é um fator protetor chave. Intervir a tempo permite desenhar estratégias específicas que potenciem as capacidades das pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento e previnam comorbidades.
Em meninas, o diagnóstico tardio pode acarretar consequências especialmente negativas na adolescência, quando aumentam as exigências sociais e emocionais. Além disso, a falta de compreensão sobre o próprio funcionamento pode influenciar negativamente a construção da identidade e o desenvolvimento do autoconceito.
Em geral, essas diferenças não se tratam apenas de fatores neurobiológicos puros, mas são moduladas pelas expectativas sociais e de gênero que impactam na perceção clínica dos sintomas dos transtornos do neurodesenvolvimento. Muitas vezes, o ambiente exige uma adaptação constante que implica um esforço excessivo sustentado, o qual pode gerar comorbidades ou problemas associados que mascaram a condição de base, como baixa autoestima, autolesões, transtornos da conducta alimentar (TCA), transtornos de personalidade ou outros quadros clínicos secundários.
De fato, uma das comorbidades que atualmente se encontra diariamente nos centros de saúde mental e que, por conseguinte, atrasa o diagnóstico, é a aparição ou confusão de um transtorno do neurodesenvolvimento com um TCA. Identificam-se traços como rigidez cognitiva, sensibilidades sensoriais ou comportamentos hiperativos que podem ser interpretados como próprios de um TCA e não de um transtorno do neurodesenvolvimento de base (Tchanturia, 2017).
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5. Evaluación neuropsicológica con perspectiva de género
A avaliação neuropsicológica é uma ferramenta chave para o diagnóstico e o planeamento da intervenção. No entanto, se não incorporar a perspectiva de gênero, pode contribuir para reforçar os vieses e lacunas existentes.
Avaliar com perspectiva de gênero significa ir além dos testes tradicionais: não se trata apenas de medir memória, atenção ou linguagem, mas também de entender como meninas, mulheres e pessoas com identidades diversas podem expressar ou camuflar seus sintomas de forma distinta.
Na prática, implica:
- Incluir observações qualitativas,
- observar seu comportamento em contextos naturais,
- entrevistar a família e os professores,
- revisar sua história escolar e social,
- e utilizar ferramentas que não se limitem ao “perfil masculino” ou prototípico e que se adaptem a diferentes estilos cognitivos.
5.1 Cómo incorporar la perspectiva de género en la evaluación neuropsicológica
Algumas estratégias para incorporar essa perspectiva incluem:
- Uso de critérios diagnósticos flexíveis: Não assumir que a ausência de comportamentos típicos exclui um diagnóstico se houver outros sinais relevantes. Por exemplo, no TDAH, ter uma capacidade de organização aprendida não significa ausência de dificuldades atencionais.
- Considerar sintomas internalizantes: Dar importância a sinais como ansiedade social, fadiga mental ou isolamento, mais frequentes em meninas.
- Avaliação de estratégias de camuflagem: Detectar comportamentos que buscam mascarar as dificuldades, como copiar comportamentos sociais, evitar conflitos, estudar em excesso para compensar dificuldades na leitura ou evitar tarefas que exigem atenção sustentada.
- Participação ativa da família e do ambiente escolar: Obter diferentes perspectivas sobre o funcionamento cotidiano da pessoa avaliada (por exemplo “chegava exausta da escola”, “fazia listas e coleções sobre animais ou grupos musicais”, “evitava ler em voz alta”, “é a última a sair da aula”)
- Incorporar ferramentas e revisão de testes psicométricos: revisar novos algoritmos ou normativas, utilizar questionários como o Camouflaging Autistic Traits Questionnaire CAT-Q (Hull et al., 2019) para o camuflagem social ou avaliar competências socioemocionais como, por exemplo, com a Social Responsiveness Sclae SRS-2 (Constantino et al., 2012) e Escalas de comportamento adaptativo.
5.2 Estrategias de intervención neuropsicológica adaptadas al género
Uma vez estabelecido o diagnóstico, é fundamental que a intervenção também contemple as diferenças de gênero e as particularidades de cada pessoa. As estratégias devem ser personalizadas, promovendo a autoestima, as habilidades sociais autênticas e a autorregulação emocional, evitando reforçar papéis tradicionais que limitem sua autonomia e levando em conta como influenciam o gênero e as expectativas sociais.
Para meninas e adolescentes, é essencial validar suas experiências e evitar sobrecargas derivadas do camuflagem ou da autoexigência. Por exemplo: se uma aluna com TDAH cumpre tarefas escolares, mas chega em casa exausta, a intervenção deve incluir treinamento em regulação do esforço e pausas ativas, não apenas técnicas de organização.
- No TEA, uma adolescente que aparenta se desenvolver socialmente pode estar usando estratégias de imitação exaustivas, por isso convém estimular habilidades sociais adaptativas e manejo da ansiedade.
- Em dificuldades de aprendizagem, uma aluna que dedica horas extras para memorizar pode precisar retreinar a velocidade de leitura e usar resumos visuais para não se saturar.
- Em DI, uma jovem que aparenta autonomia na sala de aula pode requerer mais apoios para planificar e executar tarefas fora desse ambiente, fomentando a autonomia e evitando a superproteção.
A colaboração com a família e a escola deve traduzir-se em ações concretas (agendas visuais adaptadas, rotinas para estimular funções executivas, estratégias de autorregulação emocional) e feedback focado no progresso real, não nos estereótipos de comportamento.
6. La importancia de una intervención diferenciada por género
O desenho de intervenções diferenciadas por gênero implica reconhecer como o contexto social e cultural modula a vivência dos transtornos do neurodesenvolvimento. As meninas podem sentir-se pressionadas a “encaixar” e esconder suas dificuldades, o que pode gerar fadiga emocional, dificuldades de autorregulação e transtornos comórbidos.
- No TEA, implica treinar habilidades sociais genuínas;
- no TDAH, gerir a energia e a atenção para evitar esgotamento;
- em DI, potenciar a autonomia sem superproteção; e em transtornos de aprendizagem, combinar apoios tecnológicos com validação do esforço.
Uma intervenção com enfoque de gênero fomenta ambientes de apoio emocional, espaços seguros para o desenvolvimento da identidade e redes sociais que favoreçam o bem-estar. A intervenção deve empoderar, criar um ambiente seguro para o desenvolvimento da identidade e promover recursos funcionais, não apenas compensar déficits.
O desafio diário para clínicos, docentes e famílias é detectar sinais sutis que os estereótipos de gênero podem ocultar. Incorporar essa visão na prática diária permite visibilizar desigualdades e avançar para intervenções mais sensíveis, eficazes e inclusivas, lembrando que o que se vê nem sempre reflete a realidade.
7. Cómo NeuronUP puede apoyar la intervención personalizada en trastornos del neurodesarrollo
NeuronUP, com seu amplo catálogo de atividades, permite adaptar as intervenções às necessidades individuais, considerando o perfil neuropsicológico e o estilo de aprendizagem de cada pessoa.
Integrá-lo em nossa prática facilita ajustar a intervenção a cada perfil promovendo um ambiente terapêutico dinâmico, inclusivo e livre de vieses, que otimiza especialmente o potencial de usuárias e usuários.
Com NeuronUP, os profissionais podem:
- Desenhar programas de intervenção flexíveis, ajustados ao perfil cognitivo e emocional.
- Monitorizar o progresso de forma contínua, o que permite ajustes rápidos e personalizados.
- Selecionar atividades específicas para potenciar funções executivas, atenção, linguagem ou cognição social, ajustadas ao nível de desempenho individual.
- Aplicar conteúdos atraentes que aumentem a motivação, cuidando em reduzir o viés de gênero que evite reproduzir estereótipos e fomentando a participação ativa de todos os perfis.
8. Conclusión
Os transtornos do neurodesenvolvimento são realidades complexas que, longe de se apresentarem de forma homogênea, são profundamente influenciadas por fatores biológicos, sociais e culturais, entre eles o gênero. Ignorar essas diferenças supõe não só perpetuar vieses diagnósticos e de intervenção, como também privar muitas pessoas de apoios que poderiam fazer uma diferença importante em sua trajetória de vida.
Durante tempo demais, a voz das meninas, mulheres e pessoas com identidades diversas ficou em segundo plano distorcida pela perspectiva clínica filtrada por estereótipos e expectativas. Diariamente enfrentam um duplo desafio: lidar com as dificuldades próprias de sua condição e, ao mesmo tempo, adaptar-se a um ambiente que frequentemente invisibiliza suas necessidades ou interpreta erroneamente seus sinais, fazendo-as sentir “perdidas”.
Integrar a perspectiva de gênero nos ajuda a ver o invisível, e a aprender a ver o que frequentemente passa despercebido: reconhecer que um sorriso complacente pode ocultar um elevado esgotamento, que o silêncio pode ser um sinal de luta interna e que o “parece que se adapta bem” ou o “não se nota” pode implicar um custo emocional elevado. Incorporá-la em nosso dia a dia é uma exigência ética e profissional.
Avançar para esse modelo mais inclusivo não consiste em pedir que funcionem diferente, mas em que possam mostrar-se tal como são e criar ambientes que favoreçam seu bem-estar. Isso requer que nos questionemos, sejamos críticos, aprendamos e escutemos o que às vezes nem sempre se diz em voz alta. Os transtornos do neurodesenvolvimento não falam um único idioma: expressam-se com sotaques, matizes e silêncios que, se não soubermos escutar, podem escapar-nos.
Bibliografía
- Associação Americana de Psiquiatria. (2022). Manual diagnóstico y estadístico de los trastornos mentales (5.ª ed., revisão de texto).
- CDC. (2023). Data and Statistics on Autism Spectrum Disorder. Centers for Disease Control and Prevention.
- Constantino, J. N., & Gruber, C. P. (2012). Social Responsiveness Scale – Second Edition (SRS-2). Western Psychological Services.
- García, G. F., & Reyes, M. H. (2025) Diagnóstico del trastorno del espectro autista con perspectiva de género. Elementos 138 11-116
- Hull, L., Mandy, W., Lai, M. C., Baron-Cohen, S., Allison, C., Smith, P., & Petrides, K. V. (2019). Development and validation of the camouflaging autistic traits questionnaire (CAT-Q). Journal of autism and developmental disorders, 49, 819-833.
- Lai, M.-C., Lombardo, M. V., & Baron-Cohen, S. (2015). Sex/gender differences and autism: setting the scene for future research. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, 54(1), 11–24. https://doi.org/10.1016/j.jaac.2014.10.003
- Rivière, A. (2018). El desarrollo del autismo: una perspectiva evolutiva y neuropsicológica. Autismo Ávila.
- Ruggieri, V. L., & Arberas, C. L. (2016). Autismo en las mujeres: aspectos clínicos, neurobiológicos y genéticos. Rev Neurol, 62(supl 1), S21-26.
- Tchanturia, K., Leppanen, J., & Westwood, H. (2017). Characteristics of autism spectrum disorder in anorexia nervosa: A naturalistic study in an inpatient treatment programme. Autism, 23(1), 123–130. https://doi.org/10.1177/1362361317722431
- Young, S., Moss, D., Sedgwick, O., Fridman, M., & Hodgkins, P. (2020). A meta-analysis of the prevalence of attention deficit hyperactivity disorder in incarcerated populations. Psychological Medicine, 45(2), 247–258.
Perguntas frequentes sobre perspectiva de gênero y trastornos del neurodesarrollo
1. ¿Qué son los trastornos del neurodesarrollo?
Los trastornos del neurodesarrollo son condiciones de origen biológico que afectan al desarrollo del sistema nervioso central desde etapas tempranas, impactando en funciones como la atención, el lenguaje, la interacción social y el aprendizaje. Entre ellos se incluyen el trastorno del espectro autista (TEA), el trastorno por déficit de atención e hiperactividad (TDAH), la discapacidad intelectual (DI), los trastornos de la comunicación y del aprendizaje.
2. ¿Por qué es importante la perspectiva de género en el diagnóstico de TEA y TDAH?
La perspectiva de género permite identificar diferencias en la presentación de síntomas entre niñas y niños, evitando que señales menos visibles pasen desapercibidas. En niñas, el TEA y el TDAH pueden manifestarse con menos conductas disruptivas y más síntomas internalizantes, lo que contribuye al infradiagnóstico.
3. ¿Cuáles son los síntomas de TEA en niñas que pueden pasar desapercibidos?
Algunos signos incluyen el camuflaje o masking, intereses restringidos socialmente aceptados, actitudes complacientes, habilidades para imitar socialmente y aparente regulación emocional. Estos rasgos pueden dificultar la detección temprana si se buscan únicamente los perfiles clínicos tradicionales.
4. ¿Qué es el camuflaje o masking en TEA y por qué dificulta el diagnóstico?
El camuflaje o masking es una estrategia consciente o inconsciente para ocultar las dificultades sociales o sensoriales. En niñas y mujeres con TEA, puede incluir copiar gestos, memorizar guiones sociales o forçar interacciones. Esto retrasa el diagnóstico y aumenta el riesgo de fatiga y comorbilidades emocionales.
5. ¿Qué Consequências tiene el diagnóstico tardío en niñas con trastornos del neurodesarrollo?
Un diagnóstico tardío puede derivar en baja autoestima, fracaso escolar, dificultades de regulación emocional, trastornos de la conducta alimentaria (TCA), ansiedad, depresión y menor acceso a apoyos educativos y sociales adecuados.
6. ¿Qué herramientas ayudan a evaluar con perspectiva de género?
Además de pruebas neuropsicológicas adaptadas, se recomienda el uso de cuestionarios como el Camouflaging Autistic Traits Questionnaire (CAT-Q) para detectar estrategias de camuflaje, y la Social Responsiveness Scale – Second Edition (SRS-2) para valorar competencias socioemocionales.
7. ¿Cómo puede ayudar NeuronUP en la intervención personalizada?
NeuronUP permite diseñar programas de estimulación cognitiva adaptados al perfil de cada persona, seleccionando actividades específicas para funciones ejecutivas, atención, memoria y cognición social. Esto facilita intervenciones libres de sesgos y ajustadas a las necesidades reales de niñas, mujeres y personas con identidades de género diversas.
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“Este artigo foi traduzido. Link para o artigo original em espanhol:”
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